Saldo da confiança acumulada em 2017 foi positivo e melhor do que 2015 e 2016, mesmo com a ligeira acomodação de dezembro, segundo a pesquisa.
A confiança do consumidor brasileiro cresceu em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, mantendo um saldo positivo em 2017, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 13,3 pontos e chegou a 86,4 pontos.
“O saldo da confiança do consumidor acumulada no ano de 2017 foi positivo e melhor do que 2015 e 2016, mesmo com a ligeira acomodação de dezembro após três meses em alta. Os consumidores continuam melhorando suas avaliações e projeções sobre a economia, mas o nível de endividamento das famílias, e principalmente das de menor poder aquisitivo, leva à cautela nos gastos com bens de alto valor, atuando como um fator limitativo ao consumo “, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Já na comparação com o mês anterior, o indicador recuou 0,4 ponto, sob influência da redução da satisfação com a situação atual e da manutenção das expectativas de curto prazo.
O indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual avançou pelo quarto mês consecutivo, em 2,1 pontos, alcançando 82,7 pontos. As perspectivas para a situação econômica nos próximos seis meses revelaram-se mais otimistas, com alta de 3,4 pontos do indicador, para 116,7 pontos, o maior nível da série histórica.
As avaliações em relação à situação financeira das famílias foram menos favoráveis. O indicador que mede a satisfação atual dos consumidores caiu 3,4 pontos, para 65,6 pontos.
A confiança recuou em três das quatro faixas de renda pesquisadas. Apenas as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 registram alta da confiança, que atingiu o maior nível desde dezembro de 2014 (88,3 pontos).
A maior redução de confiança foi verificada entre as famílias com renda até R$ 2.100,00, devido à piora das percepções em relação à situação atual.
Fonte: G1